terça-feira, 27 de maio de 2014

Relatório: Visita ao Parque Estadual da Pedra Branca

No dia 16 de maio fomos ao Parque Estadual da Pedra Branca, uma unidade de conservação ambiental, situada na zona oeste do município do Rio de Janeiro, considerada uma das maiores florestas urbanas do mundo, com mais de 12.000 hectares de extensão.
Assim que chegamos lá, fomos divididos por unidade (Penha, Ramos e Freguesia), o nosso grupo ficou com o guarda-parque Lucas, que logo nos disse que sua função é ser mais que só um guia. Guarda-parque é uma pessoa especialmente capacitada para desenvolver a proteção integral dos valores naturais e culturais dentro das áreas protegidas constituídas legalmente, participando de todas as atividades praticadas no localEm caso de incêndio, os guardas parque são os primeiros a chegar no local para o combate ao fogo, bombeiros são chamados apenas em situações muito críticas.
Segundo o guarda-parque Lucasa primeira comunidade a se instalar no parque foi a do Quilombo Astrogildo, deixando ali seus familiares e cultura. Com o decorrer do tempo ali se formou uma comunidade carente que, apesar de muitos estudiosos debaterem se sua existência é boa ou ruim, muitas das vezes mais ajuda na proteção e preservação do local.
Existem diversas entradas para o parque, porém a principal delas é onde se localiza a Sede do Pau-da-Fome, no fim da Estrada do Pau-da-Fome, que recebe esse nome por causa do habito que alguns tropeiros tinham de fazer refeições embaixo de uma grande figueira que é chamada  pelo mesmo nome. 
Percorremos trilhas e durante toda caminhada pudemos observar a infestação de zebrinas (plantas decorativas, usadas em jardineiras e vasos) e Maria sem vergonha. Observamos também  a introdução de árvores de outras regiões naquele ambiente, como a Jaqueira. Outra característica do parque é o uso de tração animal (mulas) por moradores que tem plantações no alto da trilha.
O Parque abriga grande variedade de espécies de animais que encontram habitat propício ao seu desenvolvimento e reprodução na densa Floresta Atlântica. A sobrevivência destas espécies encontra-se seriamente ameaçada pela intensa destruição deste tipo de formação florestal. O que também acontece é que algumas vezes animais caem nas casas de moradores que residem ao redor da reserva e foi o que aconteceu quando estávamos lá. Um homemque mora perto da floresta, resgatou três gambás e os levou para lá, osguardas-parque os soltaram pela reserva. O grupo ecológico se preocupa muito com o estresse dos animais, devido à participação de alguns moradores que não os respeitam.
Ao longo do tempo o Parque teve sua flora desmatada, porém as figueiras permanecem por causa do apego religioso afro-brasileiro.
Ao longo da trilha encontramos o Rio Grande, de água limpa e potável,  que é proibido para banho, pois se alguém entra nesse rio movimenta a areia que está presa ao solo fazendo com que vá para a represa que abastece água para comunidade. Essa água é retirada pela Cedae de lá que foi construída em 1902.
Por ultimo visitamos a comunidade que se estabelece ao redor do Parque e pudemos observar que o rio, que era de água limpa, lá se tornou poluído, pois os moradores fizeram dele um esgoto a céu aberto. Na entrada da comunidade observamos uma lixeira onde o lixo, mal organizado, transbordava. Obtivemos informação de que a maior dificuldade com relação a isto está no recolhimento do lixo feito pela COMLURB.


Veja as fotos a seguir:
Rio Grande






Placa de "Proibido" na beira do Rio Grande


Pessoal sendo guiado pelo guia Lucas









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